Berne no cachorro traz um desconforto de magnitudes indescritíveis para seu querido cão.
Causada pelas larvas da mosca varejeira, ela se desenvolve embaixo da pele, e é muito mais comum em cães que vivem em contato com moscas e insetos.
A mosca varejeira tem a duração de 24 horas de vida, então ela não tem muito tempo para se reproduzir e proliferar os ovos.
Como mecanismo de perpetuação de espécie, a mosca varejeira captura outro inseto – na maior parte outras moscas – e deposita
seus ovos nele. Esse inseto acaba encontrando um mamífero e hospedando a larva em seu corpo. Por isso é comum haver um
cão com berne em um lugar sem moscas varejeiras.
O parasita forma um buraco dentro da pele do animal e esse machucado precisa ser tratado para não infeccionar.
Também há a importante questão de que nem todos os medicamentos são indicados para e a pele e o pelo de todos os cães.
Por isso, antes de pensar em passar algo no cãozinho e tratá-lo você mesmo, lembre-se que isso pode piorar o seu incômodo.
Depois de seis dias após a postura dos ovos, as larvas de primeiro estágio já estão formadas.
Quando então o inseto pousa sobre um animal, o calor deste, seus odores e a presença do gás carbônico
emitido por sua respiração estimulam as larvas, que saem dos ovos, perfuram e penetram a pele do hospedeiro,
ficando apenas com o espiráculo – parte respiratória da larva – voltada para fora e podem permanecer no local
atingido por até 40 dias ou mais. E em apenas uma semana de parasitismo a larva já aumenta em até oito vezes
o seu tamanho. Assustador, não é mesmo?
Uma vez na pele do animal (ou humano), os ovos eclodem e as larvas ficam livres. É claro que elas são muito pequenas
e normalmente passam despercebidas. Através de uma ferida ou pelos folículos pilosos elas penetram e permanecem na
camada subcutânea da pele. O corpo do indivíduo infectado reage à presença do parasita, aumentando a sua contagem de células
brancas do sangue, e isso muitas vezes faz com que a ferida para secretar pus. Enquanto isso, a larva se alimenta
constantemente, respirando pelo buraquinho formados pelas pústulas. Elas podem permanecer ali de 5 a 10 semanas!
Geralmente o tratamento mais recomendado é a utilização de medicamentos que devem ser passados sobre a pele do cachorro
e que impedem a respiração da larva. Quando o remédio for passado, lembre-se de impedir o cão de lamber o local, pois
além de ele poder se intoxicar, vai tirar o efeito do tratamento.
Depois que a larva morre, o local deve ser espremido (pelo veterinário) até que se consiga retirá-la completamente
com o auxílio de uma pinça cirúrgica e deve ser tratado até a sua cicatrização para que não haja mais perigo para o
cachorro. Dependendo de onde se encontra a larva, talvez seja necessário o uso de sedativos para que o seu pet não
sofra muito.
É importante saber que em caso de alguma dificuldade procure imediatamente um veterinario conhecido.
g2h
quinta-feira, 19 de julho de 2018
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